quarta-feira, 18 de maio de 2011

indisciplina

7 FORMAS DE ENFRENTAR A INDISCIPLINA
Kelly Roncato

O canal de TV fechada GNT apresenta um reality show chamado Supernanny. Nele, a babá Jo Frost acompanha um dia na rotina de uma família que tenha alguma criança com problemas de comportamento. Depois de muito observar, ela traça uma estratégia para educá-la.



Ela percebe – muitas vezes – que o problema não está na criança, mas na pessoa responsável pela educação dela, que não sabe impor limites, cede sempre e age de formas incorretas, nos momentos inadequados, esperando resultados que nunca chegam. Consciente dos limites de cada um, Frost, depois de muito observar, traça uma estratégia e acompanha sua implementação, ensinando os pais a cuidarem de seus filhos.



Depois de conhecer esses métodos, nós, da Profissão Mestre, que sempre recebemos pedidos de professores querendo dicas de como lidar com a indisciplina em sala de aula, decidimos adaptar os ensinamentos da Supernanny. Acompanhe os sete passos principais de como trabalhar a indisciplina e as suas emoções em relação a ela.

1. Você pediu para o Marcelinho sentar no lugar dele e ficar quieto. Seu pedido educado não resolveu. Você dá um escândalo? Grita? Põe para fora da sala? Não! Chegue bem perto dele e repita com voz baixa, clara e séria a ordem de que ele deve se sentar e ficar calado. Sim, ordem. Se você é o professor e ele é o aluno, faz parte do seu trabalho especificar onde está o limite e cuidar para que ele seja respeitado.


2. A Laurinha tem o péssimo hábito de tirar os objetos dos colegas. “Eu quero um apontador, empresta o apontador, deixa eu usar o seu apontador...” Se ninguém empresta, ela pega, usa, não devolve e ainda xinga os colegas. Você fica na sua e finge que não viu? Tsc, tsc, tsc. Chegue perto da menina, pergunte de quem é o objeto, pergunte onde está o dela e diga para devolver para o colega e pedir desculpas pelo ato. Não precisa ser solenemente, na frente da turma inteira, pode ser só entre vocês três.

3. A turma está berrando, superagitada, cheia de energia e você não consegue dar aula. Para piorar, seus colegas já deram uma batidinha na porta e disseram que o barulho dos seus pimpolhos está atrapalhando. Por mais que a sua vontade seja de berrar mais, assustar bem os alunos, dizer meia dúzia de desaforos e fazê-los sentir muito culpados pela zorra toda, respire fundo e comece a caminhar pela sala. Peça para as duplas fazerem silêncio, toque em alguns alunos, faça um gesto pedindo silêncio e, quando o volume estiver mais baixo, fale um pouco mais alto, peça calma, diga que está tudo bem, que você está ali e que logo a aula vai acontecer e vocês vão se divertir juntos.

4. Algo que também funciona é perguntar a um aluno ou outro mais exaltado se ele quer sair da sala. Não em tom de ameaça, mas como um convite mesmo. “Vocês querem sair um pouco, beber uma água, resolver isso lá fora e depois voltar? Podem ir se quiserem, aí vocês se entendem e eu dou a aula para o resto da turma. Pode ser?” De duas uma: ou eles vão sair ou vão sossegar.

5. É importante não usar aquelas frases conhecidas: a turma de vocês é a pior da escola; todo mundo detesta trabalhar aqui; eu fico com preguiça de entrar; vocês são muito malcriados. Por mais que seja verdade e que esse seja o papo da sala dos professores, não diga coisas assim para os seus alunos. Primeiro porque eles gostam de chamar a atenção, segundo porque, se já estiverem estigmatizados, vão usar isso como defesa ( “Ninguém gosta da gente mesmo, a gente é assim mesmo”) vira uma desculpa e eles sentem-se livres para continuar como estão. Terceiro e mais importante, porque faz parte da educação apontar os pontos fortes e positivos do comportamento humano. Quando você fala sobre um ato de uma pessoa, está reforçando isso para você e para ela. Então, elogie o que for bom. A parte positiva tende a superar a negativa.

6. Outras dicas que são sempre valiosas: converse com seus alunos de igual para igual, chegue perto, tente ficar do tamanho deles e olhe nos seus olhos quando tiver algo a dizer. Nunca humilhe, evite ao máximo dar uma bronca berrando, jamais finja que não percebeu um comportamento mais agressivo. Em vez de generalizar o mau comportamento e dizer que a criança “é” assim, mostre que às vezes, por motivos que você desconhece, ela “age” de tal modo. O que está errado é o ato, não a pessoa.

7. Não é preciso dizer que você precisa saber o nome de cada aluno e conhecer os comportamentos: este é tímido, aquele é extrovertido, o outro é mais agressivo, tem um muito sensível... Prestar atenção a esses detalhes ajuda muito no seu dia-a-dia, pois lhe dá a oportunidade de resolver as questões que aparecem apenas uma vez e de forma assertiva.



E, quando parecer que nada dá certo, quando você estiver cansado e alterado demais, respire fundo, tenha paciência com você e com os estudantes e saiba que para tudo dá-se um jeito. Se não foi hoje, amanhã você acha uma saída.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Os niveis de leitura

Nível Pré-Silábico


Característica Geral
A criança ainda não estabelece uma relação biunívoca entre a fala e as diferentes representações. Acredita que se escreve com desenhos.
Suas questões podem situar-se tanto no campo semântico quanto nos aspectos físicos da escrita, como a forma e a função das letras e números.
Objetivos Didáticos
- Reconhecer qual papel as letras desempenham na escrita;
- distinguir imagem de texto e letras de números;
- compreender o vínculo entre discurso oral e texto.

Vivências Necessárias

- Estar imersa em um ambiente rico em materiais (tanto na variedade dos suportes gráficos quanto na diversidade dos gêneros dos textos), sendo espectadora e interlocutora de atos de leitura e escrita;
- tomar contato com todas as letras, palavras e textos simultaneamente;
- ouvir, contar e escrever histórias;
- memorizar globalmente as palavras significativas (seu nome, nome dos colegas, professora, pais, etc.);
- analisar a constituição das palavras quanto à letra inicial, final, quantidade de letras, letras que se repetem, letras que podem ou não iniciar palavras, letras que podem ocupar outras posições nas palavras;
- introduzir os aspectos sonoros através das iniciais das palavras significativas;
- analisar a distribuição espacial e a orientação da frase.
Algumas condutas típicas
- Uma criança, no nível pré-silábico, usa, para escrever, qualquer letra, em qualquer ordem.
- A palavra escrita pode mudar de significado, dependendo da ocasião, porque está relacionada a seu desejo.
- Para ser legível, a palavra tem de apresentar letras variadas.
- Não acredita que letras e sílabas podem ser repetidas em uma palavra.
Nível Intermediário I

Definição/Característica

Todo o nível intermediário representa um momento de crise, em virtude dos inúmeros conflitos que a criança vivencia nesse ponto do processo de sua construção.
No Nível Intermediário I, a criança já conhece os valores sonoros de algumas letras, começando a ter uma consciência difusa da ligação entre fala e escrita.
Esse possível vínculo (elementos da pauta sonora X escrita) possibilita que a criança questione suas concepções do nível pré-silábico.

As palavras passam a ter certa estabilidade externa porque as crianças estão vinculadas a uma outra pessoa, que lhes assegura que a palavra deve ser escrita com tais letras e em tal ordem.
Culminância do nível
- A criança reconhece que as palavras são estavelmente constituídas.
- A conquista de tal estabilidade é conseguida através de um trabalho amplo com a escrita de muitas palavras significativas.

Observação

Algumas crianças, ao perceberem a não-consistência de suas hipóteses sobre o sistema de escrita, vivenciam o conflito cognitivo, necessário para a substituição das hipóteses insuficientes por outras mais produtivas; às vezes, tornam-se inseguras e aparentemente regridem no processo. Nesse momento delicado, o professor precisa encorajá-las, sem apontar-lhes as soluções, que só elas mesmas poderão encontrar, através de novos confrontos, de observações e de interações com os pares e com um professor que informa de acordo com o nível atual do alfabetizando.
 
Retirado do blog Mundo da alfabetização
postado por Tatiana

A importancia das atividades ludicas

Lateralidade
Lateralidade é o uso que as pessoas fazem de uma das duas partes do seu corpo. Todas as funções corporais são determinadas pelo lado esquerdo ou pelo direito.
A criança, como também o adulto, tem sempre um lado do corpo que utiliza mais quando executa uma atividade, um movimento, como pegar e usar objetos, escrever, etc. Não se deve forçar a mudança do lado dominante da criança. O conhecimento e o domínio específico de um dos lados do corpo só é adquirido por ela quando há uma perfeita sintonia do esquema corporal.
O bebê ao nascer não tem opção por nenhum dos lados do corpo, ou seja, a posição reflexa é assimétrica: os membros do corpo ficam esticados para o lado em que a cabeça está virada. Já no terceiro mês de vida, ela entra num período de simetria: quando deitada de costas, movimenta igualmente os dois lados.
Aproximadamente com um ano meio de idade, já expressa preferência por um dos lados do corpo, notando-se isso quando ela passa a usar sempre a mesma mão para realizar determinadas tarefas. Mas nem sempre essa preferência se mantém; os dois lados são ainda utilizados.
Aos três anos ela já utiliza exclusivamente a mão dominante. É importante então não forçá-la a usar só a mão direita se o predomínio é dado à mão esquerda.

- dominar a noção de esquerda/direita em relação a seu corpo e ao ambiente;
- estabelecer com clareza o lado dominante do seu corpo;
- empregar os termos direita e esquerda;
- compreender que nosso sistema de escrita é convencionado da esquerda para a direita.
O domínio da lateralidade faz parte de um complexo de habilidades que envolvem o esquema corporal, a orientação espaço-temporal e as percepções.
3. Colocar uma fita azul amarrada no pulso direito e uma fita vermelha amarrada no pulso esquerdo. A um sinal determinado pelo professor, as crianças devem erguer o braço dominante, ou o braço solicitado.
4. Obedecer ordens dadas pelo professor: “A porta está do seu lado direito. Vá abri-la!” ou “As janelas estão do seu lado esquerdo. Feche uma delas.”
5. Apontar o colega que está sentado à direita ou à esquerda. Dizer o nome dele.
6. Caminhar para a direita ou para a esquerda.
7. Dar passos para a direita. Dar meia volta e continuar caminhando só pelo lado direito. Fazer o mesmo com o lado esquerdo.
8. Fazer movimentos seguindo ordens de comando: “Virar à direita! Virar à esquerda! Levantar o braço direito! Levantar o braço esquerdo! Apontar para a direita! Apontar para a esquerda!”
9. Ao passar para o trabalho com material gráfico, o professor deve valer-se dos exercícios de simetria, solicitando às crianças que completem o lado da figura que não está desenhado.

Texto e sugestões retirados do blog mundo da alfabetização


                                                           Esquema corporal
Esquema corporal é o conhecimento imediato e intuitivo que a criança tem do próprio corpo e que a capacita a atuar tanto sobre suas partes como em relação ao mundo exterior.
A educação do esquema corporal deve evoluir do global (o corpo como um todo) para o específico (as diversas partes do corpo), da ação ( a própria atividade com o corpo) para a reflexão (o controle do movimento do corpo em determinada atividade).

A imagem corporal que o indivíduo tem de si mesmo é o ponto de referência para todo o tipo de aquisição de conhecimento. É através do domínio do próprio corpo que irá estruturar e organizar o conhecimento do mundo exterior. Será este o ponto de partida das noções de espaço, tempo, forma, volume, etc.

Um esquema corporal bem estabelecido implica equilíbrio global, lateralidade afirmada, independência dos diferentes segmentos do corpo em relação ao tronco e de uns em relação aos outros e, ainda, o domínio dos impulsos e das inibições. No entanto, se a criança não tiver consciência do próprio corpo, do modo como ele se situa no espaço, ou não perceber a relação de distância e posição dos objetos em relação a si mesma, não dominará seus movimentos com harmonia. Isso poderá resultar em certo desajeitamento, falta de coordenação motora, lentidão na escrita, letras mal grafadas etc. Problemas nesta área podem também afetar a percepção, resultando em confusão ou inversão de letras do tipo p/b/q/d.

Todavia, esses aspectos são educáveis e para conseguir um esquema corporal bem estruturado é necessário levar a criança a:

- adquirir consciência global de seu corpo;
- identificar e localizar as partes do corpo;
- descobrir diferentes posições do corpo;
- dominar o ato respiratório;
- perceber a simetria corporal;
- tomar consciência do sistema muscular e ósseo.

Essa educação da imagem corporal se faz de maneira natural através de jogos e atividades que favorecem a evolução neuro-psicológica e, por conseqüência, a adaptação da criança ao mundo que a cerca.

O domínio do esquema corporal permite o desenvolvimento de outras funções: a coordenação visomotora e a orientação espacial.

Sugestões de atividades de
lateralidade


As crianças devem ser estimuladas a partir de propostas variadas e oportunas.

1. Determinar a mão dominante realizando exercícios de apanhar objetos, lançar bolas, recolher papéis, grafar.
2. Reconhecer que o corpo tem dois lados exatamente iguais. O professor apresenta um dos lados de um boneco desenhado em cartolina e dobra o outro. As crianças são estimuladas, pouco a pouco, a descobrir as partes do corpo do boneco que se encontram no lado coberto. No final, o professor desdobra o desenho e apresenta a figura completa.


Para um efetivo conhecimento da lateralidade, é preciso levar a criança a:

ativid.alfab

ativid. alfabetizaçao